quinta-feira, 28 de maio de 2015

Homem indiciado pelo assassinato de caratinguense volta ao local do crime

Caratinga (MG) - Terminou por volta das 11h dessa quarta-feira (27) o trabalho desencadeado pela Polícia Civil de Caratinga que investiga o assassinato da caratinguense Lourdes Moreira Costa Miranda, de 39 anos. A princípio, segundo as investigações, morta após ser atingida por um golpe de canivete no peito. O crime aconteceu no último dia 17, em um sítio no Córrego São Roque, em Caratinga, às margens da BR-116. 



O homem indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio, Leonardo Tavares Silveira, de 26 anos, foi encaminhado do Presídio de Caratinga ao local do crime, sob escolta policial. O delegado Diogo Bastos e o investigador Wesley Adriano conduziram a reconstituição do crime, um importante processo que ajudará na conclusão do inquérito, prevista para esta quarta-feira.

Ao chegar no local, Leonardo apresentou a sua versão para os fatos e tentou demonstrar detalhes do ocorrido na noite fatídica de 17 de maio, quando ele e mais outros três ocupantes de um veículo Corsa entraram na propriedade particular. De acordo com Leonardo, ele, o tio, um irmão e um primo haviam saído de uma festa em que estavam desde por volta das 15h30, onde ele havia ingerido bebida alcoólica, como uísque e cerveja. Indagado sobre um suposto uso de drogas, Leonardo negou.

Após a saída da festa, o tio teria sugerido que eles fossem para uma casa de prostituição. Eles chegaram a passar em uma boate nas proximidades, mas decidiram procurar por uma outra. Foi quando avistaram a casa e antes de entrar um outro veículo descia à frente. Leonardo estava como passageiro na frente do veículo Corsa. Seu tio, José do Carmo Tavares Filho, de 49 anos, era quem dirigia e atrás estavam irmão e primo de Leonardo.

Segundo o investigado, o primeiro a se aproximar do carro foi Rhuandello GuingoPereira Rodrigues , de 22 anos, conhecido como Pico, parente da família da vítima, que veio em direção ao veículo em que eles estavam com a mão embaixo da jaqueta. A primeira aproximação foi ao motorista e na sequência ele teria dado a volta no carro e se aproximou de Leonardo. “Eu disse, oh Pico, a gente só quer ir embora”.

Ainda segundo a versão de Leonardo, neste instante a família que estava no carro se aglomerou próximo ao seu veículo. O marido de Lurdes, José Miranda Júnior, de 44 anos, já estava alterado e a família também esboçou uma reação mais alterada. “Meu tio desceu do carro e ficou tentando conversar. Ele estava com o celular na mão e disse que se a gente não saísse ligaria para o 190. Eu acho que ele tentou ligar para a Polícia, não sei, mas aí o cara pegou na mão dele para tentar tirar o celular e começou a confusão. Eu desci do carro e empurrei meu tio para não ter confusão”. Segundo Leonardo, em sua primeira resposta, neste momento ele percebeu que estava sendo atacado com golpes de foice. “Comecei a sentir a perfuração nas costas, eu peguei a arma e fiz assim”, exemplificou Leonardo como se tivesse virado para o “agressor”, retirado a arma e estendido os braços à frente do seu corpo. Nasequência, ainda segundo o investigado, ele foi golpeado com uma paulada na cabeça e caiu no chão.

Após ser indagado novamente pelo delegado sobre o movimento que ele fez com os braços, Leonardo falou que também estava sendo golpeado por uma menina com uma faca, que ele teria alcançado a faca e feito o movimento para frente com a arma branca em punho. “Eu não sei se eu finquei, só sei que depois eu soltei a faca. Eu não continuei com a faca na mão. Porque se eu tivesse continuado com ela na mão eu tinha desferido facada em várias pessoas”. O delegado e o investigador à frente do caso, indagaram por várias vezes se Leonardo soltou a faca porque quis ou soltou porque havia sido atingindo por uma paulada na cabeça. Leonardo respondeu: “Não sei lhe dizer”.

Indagado sobre o golpe desferido contra a vítima Lourdes, Leonardo respondeu: “não sei se fui eu que atingi”. O investigado também não soube dar detalhes sobre como era a arma branca que ele teria supostamente tirado da mão de um “agressor” e realizado o movimento para frente. “Era uma coisa pequena, não era uma faca grande”. O investigado negou que estivesse armado com um canivete ou qualquer outro tipo de arma.

Leonardo contou que após receber pauladas na cabeça foi puxado pelo irmão e levado para o carro. Leonardo disse que somente acordou no Hospital.

Após apresentar a sua versão para os fatos, Leonardo foi encaminhado novamente ao Presídio de Caratinga. A Polícia Civil preferiu não se pronunciar publicamente neste momento e irá dar prosseguimento à conclusão do inquérito. O tio, citado no caso, está foragido segundo a Polícia Civil e já existe um mandado de prisão temporária contra ele.

Terça-feira (26), a reconstituição do crime foi feita baseada nas versões de familiares da vítima.

Com informações da TV Super Canal - Caratinga

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários são moderados e não serão aceitas mensagens consideradas inadequadas.