segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Técnico em Agropecuária critica mineradora por dano ambiental em Santo Antônio do Grama

Por Marcelo Polesca Teixeira - Técnico em Agropecuária e Ambientalista

imageSanto Antônio do Grama (MG) - “Muito me preocupa saber que mesmo com tantos problemas ambientais, e principalmente tentando sair da maior seca dos últimos 80 anos, uma empresa riquíssima como a SAMARCO deixa acontecer erosões absurdas ao lado de estradas rurais que além de causar carreamento de terra para o ribeirão do Grama, coloca em risco quem trafega pela estrada principalmente à noite, ”carros, motos, charretes, cavaleiros etc.” devido a grandes voçorocas na beira das estradas.



image Também as erosões atingiram uma Área de Preservação do lado de uma grande nascente que teria que ser de suma importância para empresas com minerodutos pois o volume de água que elas mandam embora de Minas Gerais é enorme.

Muito me estarrece é saber que mineração ainda é considerada de interesse social, sendo que na verdade as empresas são privadas, ou seja, desde  antes da Inconfidência Mineira o dinheiro das Minas vai somente para os ricos, os outros são os outros e só. Como exemplo prático, vejam os Produtores Rurais que têm sua propriedade cortada por mineroduto. Eles denominaram de faixa de servidão os 40 m de largura onde passa o tubo, sendo que nessa faixa o produtor não pode plantar árvores, não pode construir nada e ainda é obrigado a deixar as mineradoras degradarem como quiserem, recebendo uma quantia que não atende nem o conserto deste dano territorial.

Agora pergunto: será que as propriedades rurais de onde brotam 95% das nascentes e, diga-se de passagem, que a água é o maior bem mineral, não são de interesse social? Sendo assim poderemos definir esta faixa dos minerodutos como faixa de escravidão.

Agora vejam as fotos. Sabendo que nestes lugares estão três dutos da SAMARCO, e há várias décadas, é só começar a chover que acontece erosão. Será que não é responsabilidade da empresa fazer canaletas “alvenaria” e plantar grama nos locais mais acidentados? Para quem estudou do assunto isso se chama  PRAD ” Plano de Recuperação de “Áreas Degradadas” e é uma obrigação da empresa, tendo que ser contemplado no EIA/RIMA ” Estudo de Impacto Ambiental antes do início da obra.

Agora para finalizar pergunto as Mineradoras: o que foi feito em prol do Meio Ambiente em Santo Antônio do Grama?

Um comentário:

  1. ALGO PIOR VEM ACONTECENDO EM ABRE CAMPO-MG,ONDE A PROPRIA PREFEITURA VEM SOTERRANDO A MARGEM DO LEITO DO RIO PARA CONSTRUÇÃO DE PARQUE DE EVENTOS .O MAIS ESTRANHO É QUE NENHUMA AUTORIDADE DO ESTADO TOMA PROVIDÊNCIAS.UMA PEQUENA ESTRADA ESTA INTRANSITAVEL PELA INCOMPETENCIA DE UM ADMINISTRADOR PÚBLICO.

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