Por Thays Pascoal
A escassez de recursos naturais, como a água, já é uma realidade em muitos países. A discussão em torno da sustentabilidade no mundo contemporâneo surgiu com o crescente desenvolvimento industrial, que passou a produzir efeitos nocivos ao meio ambiente, como a redução da biodiversidade e o efeito estufa. O Brasil possui características que o qualificam como liderança de um desenvolvimento sustentável, no entanto, ainda existem desafios a serem vencidos pela sociedade e pelo Estado para a concretização de tal conquista.
O desenvolvimento de biocombustíveis, a grande extensão territorial para o cultivo agrícola e a abundância de recursos hídricos colocam nosso país como um promissor exemplo no que tange a sustentabilidade. Incentivos governamentais na produção do etanol e o desenvolvimento da fruticultura orgânica no nordeste exemplificam bem a preocupação brasileira com o futuro do planeta, sem se desvencilhar do desenvolvimento.
Entretanto, ainda faltam políticas públicas que tratem as atividades degradantes, como o descarte inadequado do lixo ou até mesmo os desperdícios de água ou outros recursos naturais, com o devido rigor. Convivemos diariamente com indústrias desprezando seus esgotos nos rios, sem nenhum tipo de tratamento, sem haver nenhuma fiscalização ou punição pelo governo. E a sociedade se vê estática perante a degradação ambiental, o que demonstra um despreparo dos cidadãos em promover atitudes que colaborem com a sustentabilidade.
Dessa forma, para que o Brasil se torne de fato uma liderança para a sustentabilidade, é necessário que o Estado se comprometa mais com a causa, ampliando as fiscalizações às indústrias e promovendo punições mais efetivas para os transgressores. Além disso, as escolas poderiam promover grupos de discussões entre os alunos sobre os impactos ambientais e as relações destes com o homem, visando promover um olhar mais crítico sobre o desenvolvimento sustentável.
Tenho lido seus artigos neste blog e as ideias que você expõe são aquelas que deveriam fazer parte de nosso dia-a-dia, mas não fazem. Continue a expô-las pois assim neste trabalho de formiguinha (como de tantos outros) mais e mais pessoas acabarão por se conscientizar e se disporão a lutar contra este "laissez faire" educacional e cultural em que vive nosso país. Parabéns.
ResponderExcluirQue Deus abençoe a todos em Raul Soares.
Ulisses Maia BH
Obrigada pelo incentivo, Ulisses! Além de ficar lisonjeada com o comentário, percebi que o "trabalho de formiguinha" tem gerado bons frutos. Um grande abraço!
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