quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Pedalar para economizar

Uso da bicicleta como meio de transporte é bom para a saúde e para o bolso

imagePaulo Henrique Marques é professor de matemática. Além de trabalhar em uma escola na região central de São Paulo (SP), ele dá aulas particulares a alunos em diversas partes da cidade. Sempre teve um alto gasto  com transporte público e combustíveis, até que tomou uma decisão que mudou sua vida para melhor: adotou a bicicleta.

“Depois de mais de cinco anos andando de carro ou de ônibus, vi quanto tempo e dinheiro perdia com isso. Quando adotei a bicicleta, economizei muito e ainda tive muitos ganhos para a minha saúde. Estou mais disposto e mais magro”, afirma.

Marques afirma que não sabe exatamente quanto deixou de gastar, já que na maioria dos dias fazia várias viagens de ida e volta. A bicicleta tem custo baixo: depois de comprá-la, teve apenas pequenos gastos com manutenção.

“Adotar a bicicleta é adotar um novo estilo de vida. Faz muita diferença para a saúde e também para o bolso. E ajuda a ter uma relação melhor com a cidade onde a gente vive. Muitas coisas que não conhecia, passei a conhecer depois que comecei a pedalar”, afirma.

O cicloativista Willian Cruz, do movimento “Vá de Bike”, que atua há mais de dez anos para incentivar o uso da bicicleta,compara os gastos das bicicletas aos carros: “Todos que adotam a bicicleta passam a gastar menos. Especialistas em finanças mostram que o custo de um veículo ao longo de um ano, não importa se é novo ou se é velho, é muito alto. Em geral, mais de dez mil reais por ano, levando em conta combustível, estacionamento, seguro e impostos, além de outros gastos, como o desgaste natural, a depreciação, pequenos consertos, troca de óleo... É muita coisa”, enumera. 

Além das vantagens diretas para quem muda de estilo de vida e adota a bicicleta como meio de transporte, há também ganhos coletivos para a sociedade, como a redução dos congestionamentos, economia de tempo e a diminuição do impacto da poluição no meio ambiente

“As pessoas deixam de produzir quando estão paradas no congestionamento e isso traz impactos negativos para a economia do país. Também há os custos das consequências para a saúde, como a poluição e os danos causados por acidentes, além do sedentarismo das suas consequências, como obesidade ou problemas vasculares. Tudo isso é difícil de colocar em números, mas são grandes prejuízos”, afirma o cicloativista.

Para adotar a bicicleta como meio de transporte, uma recomendação é essencial: muita atenção à segurança. Além de usar os equipamentos de segurança obrigatórios – como capacete, campainha e espelhos retrovisores – é preciso respeitar as leis do trânsito e trafegar pelas vias indicadas.  “O Brasil ainda está longe de alguns países, principalmente da Europa, que têm condições ideais para pedalar. Mas algumas iniciativas, como a implantação de ciclovias em São Paulo, estão mudando isso”, conclui Willian Cruz.

Um comentário:

  1. Faz muito bem mesmo para o bolso Pascoal,visto que a gasolina com água já passa dos $3.00,só aqui nesse ENCRAVÁDO desse Brasil mesmo!

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